segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Já não sou capaz...

O sol se esconde atrás das nuvens e enquanto isso meu coração grita por socorro dentro do meu peito. Certas coisas parecem tão banais, exceto pra mim. A situação desesperadora em que me encontro é capaz de distorcer qualquer tipo de esperança de um futuro bom, que jamais parece chegar. Fecho meus olhos. A sensação de vazio é a mais estranha possível, porém ela já faz parte de mim. É como se eu estivesse à beira de um precipício e não houvesse outra alternativa a não ser pular. Abro os olhos e tento em vão buscar as respostas. Sentada aqui, as ondas parecem tão maiores. Não seria nada mal se uma delas pudesse me carregar para o infinito. Os dias passam e a dor aumenta. O verbo que mais escuto no último mês é esperar. Não dá mais. Arquitetar sorrisos e esboçar uma felicidade que não existe pode cansar, é uma tarefa árdua. É capaz de consumir em vão a pouca força que me resta. Músicas tristes e lágrimas são as únicas que me acompanham dia após dia. É como se não existisse nada além da solidão. Ela me castiga de uma forma tão bruta. Sem piedade alguma. E aqui estou eu, tentando um recomeço, quase todos os dias. Um recomeço que parece ser em vão.