quarta-feira, 25 de maio de 2011

Passagem.

É hora de crescer e aprender que nem sempre as nossas vontades são as forças que tem o poder de mover o mundo. Ele parece crescer e me transformar em algo tão pequeno, que só pode ser visto com um microscópio diante de dezenas de lentes de aumento. Não sou nada diante das vontades de Deus. Não sou ninguém diante do sentido da vida. Nunca me transformei tão rápido de um dia pro outro. Foi exatamente isso que aconteceu. Um dia eu era alguém, algumas horas depois eu era outro alguém, alguém machucado, alguém tentando ser forte, alguém que sentia dor, alguém muito mais maduro, alguém com mais poder de aprendizado, e assim alguns dias se passaram. A vida passa, a gente passa, os dias passam, os anos passam e a dor fica, a saudade fica, a lembrança fica, os bons momentos ficam. Me sinto tão sozinha e o vazio que machuca meu interior lentamente, segue ali, clamando por algo que consiga preenchê-lo novamente. No silêncio da noite as batidas fortes do meu coração ecoam pelo quarto congelado pelo frio. O compasso da minha respiração se mantém lento, fingindo que nada está me abalando, tentando falsear uma imagem de pessoa forte. Sempre fui assim, sempre me achei a fortaleza em pessoa. Desabo tão facilmente quando não estou diante dos olhos do mundo e sei interpretar perfeitamente a imagem de pessoa forte. Bela ironia... Como dói. É uma dor que não dói na pele, dói muito mais fundo do que se pode imaginar. Deve parecer até imaginação, não pode ser uma dor da vida, é dor imaginária que se faz real e segue doendo, dia após dia, lembrança após lembrança. Olho para a janela e o céu parece tão escuro, a rua está triste, os dias estão tristes desde aquela partida. Parece que todas as coisas que faziam sentido de repente, de uma hora pra outra, não fazem mais. A chuva cai fria lá fora e embaça minha janela. A crueldade do destino se faz presente no meu rosto marcado pelos dias. Lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto. Quebro mais uma promessa, uma de muitas que já fiz e quebrei e assim continuo quebrando. Não queria que tivesse sido assim, não podia ter sido. Não acho sentido. Não acho nada e lá vem as lágrimas de novo embaçando minha visão e embaralhando as letras diante da tela. Sei que aí de cima você sabe de tudo agora. É mais fácil pra traduzir tudo o que se passa no meu coração, nos meus sentimentos e até na minha cabeça, sempre foi mais fácil pra me decifrar assim, vendo de outro jeito que não fosse do meu. Meus códigos são tão mais complexos que eu me jogo de uma maneira na vida que não preciso me dar explicações, me deixo ir e quando vejo já fui...A parte mais bonita foi o jeito belo e simples com que você flutuou, mesmo com o peso do mundo nas suas costas. Eu tento transformar aqueles sorrisos, que aconteciam em momentos onde tudo o que você deveria fazer era chorar, em meus sorrisos ao lembrar de você. No canto da minha boca eles aparecem e crescem...então mais lágrimas, imagens, momentos. Desculpa, por não conseguir me segurar, até ser forte dói agora. Existem palavras, dezenas delas, milhares, entaladas da minha garganta, palavras que terão que ficar guardadas pra sempre. Não existe certeza de um amanhã, não tenho mais certeza de nada. Quero viver sem pensar nos próximos dias, quero aprender com meus erros e me fortalecer para tentar não errar mais. Obrigada por me ensinar que sorrisos deixam essa vida, que é curta e incerta, muito mais leve. Queria que todas as pessoas conseguissem tornar tudo mais simples, exatamente do jeito que você fez, e conseguissem viver com tal intensidade, sabendo que nossa vida, sem explicação alguma, de uma hora para outra pode ter um fim, antes mesmo do amanhecer.

domingo, 15 de maio de 2011

Pra sempre.

Eu só consigo ter lembranças boas...um dos dias na praia que as estrelas brilhavam tão intensamente que a gente não conseguia parar de olhar...dói, doí muito, muito, dizer isso, mas agora você tá ai em cima, é uma dessas estrelinhas que tem brilho intenso e tá conseguindo ver o mundo exatamente do jeito que você sempre quis ver, com essa grandiosidade que nós, meros humanos não somos capazes de ver...