sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Apenas tudo.

Inexplicavelmente o tempo passou e ainda segue passando, rápido e quase indolor. Afixei meus pedaços e pude abandonar meu passado desestimulante e incômodo. Quase instantaneamente enxerguei minha verdadeira imagem, que já não era mais o resultado da sombra que me encobria. Me desafiei cegamente e como resultado obtive a realidade que sempre sonhei possuir. Sou fruto de cada um dos meus simples desacertos, da união das minhas certezas e inverdades e de inúmeros momentos inesquecíveis que jamais voltarão. É quase impossível abandonar a lembrança de todos os sonhos que foram despedaçados, porém a sensação de voltar a lutar por meus desejos ainda é extasiante demais. O que eu perdi não foi algo irrelevante, a cicatriz ficou...todavia adquiri aprendizados e memórias que carregarei até meu último suspiro. Posso voltar a cometer alguns erros, afinal sou humana, contudo jamais voltarei a ser a mesma que eu era antigamente. Hoje, ao me observar no espelho tenho orgulho daquilo que consegui construir e ainda que possua cicatrizes internas que a vida não me poupou, sorrio sem pensar nelas, pois me sinto feliz e plena comigo. Isso basta.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Destino final.

Hoje acordei e descobri que até meu inconsciente suplica pela sua presença, ainda que isso possa consumir todas as minhas forças. Porque será tão difícil cortar as amarras que ainda me prendem aqui? Porque o tempo insiste em passar rápido e extrair de mim as lembranças que ainda me fazem bem? Porque as pessoas se enclausuram tanto em seus mundos pequenos e esquecem de ver que existe uma vida pra viver? Porque existem seres tão egoístas que para se manterem intactos preferem destruir alguém? Não consigo nesse momento clarear nada na minha cabeça, preciso de um tempo sozinha, preciso de um tempo longe, preciso de coisas que eu não tenho e que suplicaria por ter. Todo mundo cansa em alguma parte do caminho...parece que é minha vez.