terça-feira, 1 de novembro de 2011

Seguindo.

De repente, me encontro num lugar que nunca estive antes, sem nem ao menos me dar conta de como cheguei aqui. Tudo aconteceu tão rápido, é escuro, sombrio, totalmente diferente dos outros ambientes que já conheci e nele eu vivo momentos completamente distintos de qualquer coisa que já posso ter vivenciado. Sinto um pouco de medo de permanecer, são coisas tão novas, sentimentos que fazem tudo parecer doer. E dói, dói muito, como nunca doeu antes, mas é uma dor renovada sabe? Uma dor que ao mesmo tempo me faz querer continuar e não sair daqui nunca mais, pois se essa não fosse uma das minhas únicas certezas eu não haveria chegado onde estou. Não sei se sou capaz de descrever como é, mas é mais ou menos como se pequenos grãos de sal caíssem dentro dos ferimentos que acumulei em minha caminhada, na hora que eles entram em contato com a camada da pele, arde bastante, mas sal tem poder curativo, e com o tempo esses pequenos cortes vão se transformando em cicatrizes, que podem até sumir. E e então só me restará lembrar que algum dia elas estiveram ali, e por vezes, como apareceram e foram embora.  Me sinto extremamente frágil, como se em qualquer momento eu fosse me desfazer em mínimos pedaços de mim, pedaços que eu posso colar, mas sem conseguir esconder a falha do lugar que foi quebrado. No ínicio a gente fica tão vulverável, como se caminhasse em uma corda bamba com o vento batendo. Dá aquela insegurança, um medo de cair, mas depois, no meio do caminho já é possível seguir em frente sem olhar pra baixo. É tão difícil saber ao certo o que pensar, o que dizer, como demonstrar, como continuar e principalmente como não errar para fazer tudo dar certo, porque eu quero que dê certo. E então aqui estou, depois de algum tempo, cheguei ao único lugar que me resta, o lugar que me faz saber que minha única verdade é o que eu sinto, e isso eu não posso mudar, só posso continuar aqui, sentindo. Metade de mim sem saber o que é, em dúvida e metade sabendo, ainda que um pouco confusa. A vida é feita de escolhas e eu não posso simplesmente jogar meus dados para saber o futuro, e então tomar as decisões certas. Ainda que tudo me leve pro lado contrário e me faça querer dar meia volta aos poucos e olhar pra trás, nada me afasta da minha vontade de continuar, ainda que doa e que me deixe totalmente desprotegida, é ela que se sobrepõe a qualquer outra coisa.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Momento de fuga.

Triste por estar aqui. Mais triste ainda pela certeza. Certeza essa que me corrói. Certeza que me mata ao saber que não te fiz sentir exatamente do mesmo jeito que você me fez. Sempre pareceu algo tão fora do meu controle. Na verdade o verbo amar sempre pareceu estar fora do meu dicionário, talvez seja uma palavra fantasma que me assombra. O tempo será capaz de colocar tudo que está bagunçado dentro de mim em seu devido lugar, não sei quando será, preciso esperar...Me restaram mãos e olhos atados e um coração frágil, sem forças, despedaçado. Sou resultado desse mundo um pouco cruel, mundo que as pessoas simplesmente não dão valor à tudo de mais precioso que possuem, mundo de pessoas frias e impiedosas, mundo que eu reluto em pertencer. Preciso me lembrar de esquecer, preciso fingir que nada aconteceu, seria melhor, definitivamente. Preciso de tempo, preciso de muito tempo. No momento não é tempo nem pra esquecer, só pra diluir e em seguida aceitar, depois quem sabe esquecer. As lembranças passam pela minha cabeça como um filme, como se estivessem acontecendo hoje, como se o tempo estivesse voltando. Os dias tem terminado tão rapidamente que tudo parece estar mudando, mas não muda. Por vezes acho que minha vida é um filme, só que simplesmente não posso modificar nada, não posso atrasar ou repetir as cenas. E em alguns segundos vejo tudo se distanciar das minhas vontades, o mundo cresce e ameaça meus sentimentos de uma forma tão bruta que eu já nem consigo mais proteger meu coração. Meses já se passaram e o tempo distorce sentimentos e me leva à acontecimentos tão distantes que quando me dou conta do que está acontecendo comigo parece que já não tem mais volta. Me estagnei num momento que já não reconheço mais. Parece que todos os caminhos me levam à um só destino. Por mais que eu tente me desviar e lutar para seguir em outra direção, no final sempre acabo no mesmo lugar. Eu preciso admitir e aceitar meu medo antes que ele me destrua em míseros cacos que serão impossíveis de colar, cacos que não me completam mais. Sou incompleta e abstrata, sou inexata. Não há necessidade de fugir, quero me encontrar, preciso me encontrar, sou uma confusão, uma bagunça de sentimentos, sou imprevisível, quero tudo, depois já não sei, mas quando consigo nada mais importa. Existem quatro paredes que me mantém isolada do mundo, mundo que eu vejo sem cor, mundo que não me pertence, mundo que me faz carregar um coração frio no peito, eu já não sou mais sou dele, ele já não é mais meu, está descolorido e frágil, totalmente frágil, está cedendo diante de meus olhos, derrapa com facilidade. Preciso me jogar, preciso voar, suplico por isso, quero ver tudo de outra perspectiva, quero sair, quero fugir, não quero olhar pra trás, nunca mais quero olhar pra trás. Não quero arrependimentos, não preciso deles, não são meus, não me pertencem, são do mundo, assim como eu sou, um mundo que não é meu, o mundo que cedeu, que despencou, aquele que aos poucos me matou, me transformou. Tentei não sair do lugar, supliquei, clamei, ninguém percebeu, corri, sumi, ninguém viu. Eu já não posso mudar mais nada, mas meu desejo era poder parar tudo agora, exatamente agora, pois depois de tudo me resta única dúvida: será que hoje você mudaria seu rumo e me acompanharia?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como gelo e fogo.

Me movimentei lentamente esperando que meus olhos abrissem e eu pudesse ver a realidade que almejava. Tudo em vão. A claridade feria minhas retinas, assim como feria meu coração. Eu não podia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Por mais que eu já estivesse recuperada da nossa separação eu podia sentir que nossa ligação era indestrutível. O sol se colocava atrás das nuvens em uma posição quase perfeita. Um tom rosa claro iluminou-as e meus olhos mais uma vez desejaram se fechar para tentar pensar. Foi isso que eu fiz. O barulho do mar tentava em vão me acalmar. Eu sentia a calmaria, mas ao mesmo tempo sentia tantas coisas diferentes, que era impossível separar tais sensações. Minha respiração começou a se alternar entre rápida e lenta e depois de instantes percebi que sem o mínimo esforço, lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. Eu não queria imaginar, é muito ardúo reter e diluir essa informação. Por isso não uso a palavra aceitar, pois aceitar é impossível. Nós sempre pensamos que as coisas ruins vão acontecer com pessoas que nunca fizeram parte das nossas vidas. E de uma hora pra outra, quando você menos espera, descobre sem querer que uma pessoa que já fez parte da sua vida pode de uma hora pra outra, não acordar. O vento começou a bagunçar meus cabelos e por isso fui obrigada a abrir os olhos. Busquei dentro da bolsa um elástico e consegui prendê-lo depois de algum tempo lutando contra os fios. Depois de alguns segundos percebi que meu rosto estava sendo molhado por gotas, e não eram apenas minhas lágrimas, pingos de chuva quentes me molhavam. Senti uma sensação esquisita, era como se aquela água estivesse lavando da minha alma qualquer tipo de ressentimento. Todos os tipos de dores que eu já havia sentido e todos os momentos ruins. Eu tentei me desligar de tudo referente ao meu passado, mas quando eu digo que todos os acontecimentos caminham para que isso não aconteça, eu não estou mentindo. É uma das únicas verdades que eu conheço até esse momento. E a única certeza é que por mais que duas pessoas completamente diferentes se envolvam, elas sempre serão como imãs que se repelem totalmente ou se atraem. Seguirei vivendo sabendo que no final tudo dará certo e que as coisas vão se encaixar e se transformar para melhor. Tudo faz parte de um aprendizado, que posso não entender o motivo agora, mas no futuro, com certeza, as respostas vão se colocar diante de mim. O pior sempre passa e um novo dia melhor chega. E qual seria a graça da vida se nós não tivessemos dias e acontecimentos ruins? Seria impossível valorizar os simples e bons. E para isso hoje estou aqui, me livrando das amarras do passado, mas sem esquecer tudo, só estou deixando para trás. Não há melhor jeito de fazer isso do que tentando recomeçar algo que ficou para trás. Farei isso da melhor maneira possível e tentando não ter arrependimentos, ainda que essa possa ser a maior ironia da minha vida, pois sei que sempre seremos sempre tão semelhantes como gelo e fogo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Seguindo assim...

Me encontrei e me perdi no mesmo lugar. Incontáveis vezes. E ainda sigo me perdendo...sabe quando você se encontra em um labirinto com diversas saídas e não sabe qual delas te levará ao destino que você quer? Então...aqui estou. Pode soar até um pouco engraçado mas sou daquelas pessoas que precisa fazer a mesma coisa infinitas vezes até se dar por vencida, insisto até o ultimo minuto. Insisto até que todas as forças que me mantém viva se esvaiam de tudo o que sempre julguei ser mais profundo. Sabe o que eu acho? Eu acho que não sei mais de nada. Os caminhos que me trouxeram até aqui são confusos demais. Não queria te deixar ir, mas já não resta outro jeito, preciso me salvar antes que seja tarde. Sempre foi tarde, e essa palavra diz muito sobre mim. Já passou do tempo, já foi e por aí continuará indo. A pior decepção é se decepcionar com as pessoas que você acha que conhece. Não é uma dor superficial que até semana que vem já vai ter passado. É dor funda, que martiriza, corta e vai sendo carregada com você desde o abrir dos olhos até o adormecer, até que outra dor mais forte venha e carregue essa do centro das atenções. E assim as decepções vem e vão. Doendo menos, doendo mais. Carregando os sentimentos bons e os ruins, tomando conta mesmo, dilacerando pedaços do meu ser e esmigalhando tudo o que já fui capaz de construir...

Aqui vai o medo.

Tudo aconteceu tão rapidamente. Caí. Qualquer resquício de sobriedade que me restava, com uma simples piscada de olhos, desapareceu. Cansei de seguir em linha reta. Caminhos conturbados podem parecer muito mais extasiantes. Perguntas sem respostas me movimentam muito mais. Porém eu acho que cansei de fingir que tudo parece estar certo. Nada está. Não vou negar que me sinto bem comigo como nunca me senti. Mas sabe quando seu inconsciente ainda insiste em tentar te derrubar? A batalha que me mantém lutando arduamente é aquela que possui a solidão como pior castigo. Estou frágil. Frágil e sozinha. Com medo. Medo da escuridão. Medo do silêncio. Ainda que tudo caminhe bem, eu odeio me sentir completamente sozinha. Algo me falta. Precisava escrever alguma coisa, ainda que seja só pra amontoar palavras sem sentido no mesmo lugar. Uma das minhas piores frustrações é só saber escrever sobre a mesma coisa. Óbvio. Eu tento lutar contra isso. Não dá. Me angustia. Me tira o fôlego. Me mantém refém. Refém de mim e dos meus desejos. Refém das minhas concepções loucas de felicidade. Preciso voltar a acreditar em todos os sonhos que já abandonei. Meu mundo não pode mais girar em torno de recordações. Antes que seja tarde. Tarde demais.

sábado, 16 de julho de 2011

Outra vez, talvez

Ainda que o mundo dê voltas, eu sigo aqui, esperando. São tempestades, furacões e ressacas poderosas que me domam, mas eu sigo aqui. Ainda que me derrubem, eu consigo me reerguer com uma firmeza muito maior, e sigo aqui, esperando. Espero que me quebrem em pedaços de novo para que eu possa colar cada um dos meus cacos. Espero que me pisem mais forte a cada vez para que eu possa me levantar com mais sabedoria. Espero que me deixem de lado para que eu consiga aprender a ver e a multiplicar o valor que eu tenho. Espero que me magoem para que eu possa passar uma borracha e continuar caminhando em frente. Espero e continuo esperando. Do mesmo jeito que esperava antes, sem guardar um pingo de rancor, de braços abertos, até que tudo se repita de novo, só que a cada vez serei um novo eu, sempre melhor e mais forte.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

E que assim seja...

Há alguns dias venho tentando as escrever. Mil ideias surgem e com o tempo elas vão se apagando e logo somem. Sabe quando você chega em casa depois de um dia cansativo e tudo o que você gostaria de encontrar é exatamente aquilo que você não tem? Não estou nem pedindo muito, na verdade meu pedido é um dos mais simples do mundo...as vezes eu só preciso de um abraço, sem querer nada em troca, não preciso de muito. Me dou inteira e aceito em receber menos da metade do que dou. Espero muito das pessoas ao passo que elas não fazem nem questão de superar minhas expectativas e eu sigo lá, sempre tentando ser maior do que qualquer expectativa dos outros. Quase ninguém me entende. Eu já cansei de tentar me decifrar, mas as pessoas ao redor não, elas fantasiam que me decifram e por vezes simplesmente arquitetam um plano concreto para achar que sabem quem eu sou. E isso dói. Dói tão fundo. Dói todos os dias. Dói junto com a dor que me parece viver. O abrir dos olhos, a cada dia, tem um gosto diferente. Doce, amargo, podendo até não ter gosto. Em seguida levanto e simplesmente me dou conta que o coração ainda segue ali, batendo, mais forte, mais fraco, ou só batendo por bater, porque precisa bater para viver. Questionamentos não saem de mim, juro que eu tento jogar todos eles em algum lugar dentro do meu ser, um lugar escuro, que eu não visite muito, assim não poderão ser encontrados, mas as suposições do que poderia ter sido, do que é, e daquilo que ainda nem foi passeiam por mim. Caminham deixando cicatrizes que se mostram todas as vezes que meus pulmões estão cheios de ar. O que nega a afirmação que venho desaprendendo a respirar. Não esperava que as pessoas entendessem isso ao pé da letra, mas sabe quando você corre tanto, tanto, tanto, que no final parece que o ar não chega mais aos pulmões? Então, corri, corri muito. Foram palavras ao vento, tempo desperdiçado, momentos de felicidade jogados ao vento e segundos em que vi alegria em pequenas coisas. Essa é uma das minhas maiores e melhores qualidades, ou seria defeito? Muitas vezes julgo ser eterno o que pro outro não passou de banal...E sabe qual a pior parte, isso se ela realmente existe depois de tudo? Acordar um dia sabendo que é necessário apagar uma pessoa da sua vida, isso dói. É uma dor inigualável, que já senti diversas vezes, e cada uma dessas vezes a dor se tornava diferente e o gosto mais amargo. Queria poder explicar que não vivo com uma borracha de apagar sentimentos no bolso, mas parece que já fui obrigada a fazer isso tantas vezes, que já não me surpreendo...até acho que agora pode ser fácil...espero que assim seja.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Passagem.

É hora de crescer e aprender que nem sempre as nossas vontades são as forças que tem o poder de mover o mundo. Ele parece crescer e me transformar em algo tão pequeno, que só pode ser visto com um microscópio diante de dezenas de lentes de aumento. Não sou nada diante das vontades de Deus. Não sou ninguém diante do sentido da vida. Nunca me transformei tão rápido de um dia pro outro. Foi exatamente isso que aconteceu. Um dia eu era alguém, algumas horas depois eu era outro alguém, alguém machucado, alguém tentando ser forte, alguém que sentia dor, alguém muito mais maduro, alguém com mais poder de aprendizado, e assim alguns dias se passaram. A vida passa, a gente passa, os dias passam, os anos passam e a dor fica, a saudade fica, a lembrança fica, os bons momentos ficam. Me sinto tão sozinha e o vazio que machuca meu interior lentamente, segue ali, clamando por algo que consiga preenchê-lo novamente. No silêncio da noite as batidas fortes do meu coração ecoam pelo quarto congelado pelo frio. O compasso da minha respiração se mantém lento, fingindo que nada está me abalando, tentando falsear uma imagem de pessoa forte. Sempre fui assim, sempre me achei a fortaleza em pessoa. Desabo tão facilmente quando não estou diante dos olhos do mundo e sei interpretar perfeitamente a imagem de pessoa forte. Bela ironia... Como dói. É uma dor que não dói na pele, dói muito mais fundo do que se pode imaginar. Deve parecer até imaginação, não pode ser uma dor da vida, é dor imaginária que se faz real e segue doendo, dia após dia, lembrança após lembrança. Olho para a janela e o céu parece tão escuro, a rua está triste, os dias estão tristes desde aquela partida. Parece que todas as coisas que faziam sentido de repente, de uma hora pra outra, não fazem mais. A chuva cai fria lá fora e embaça minha janela. A crueldade do destino se faz presente no meu rosto marcado pelos dias. Lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto. Quebro mais uma promessa, uma de muitas que já fiz e quebrei e assim continuo quebrando. Não queria que tivesse sido assim, não podia ter sido. Não acho sentido. Não acho nada e lá vem as lágrimas de novo embaçando minha visão e embaralhando as letras diante da tela. Sei que aí de cima você sabe de tudo agora. É mais fácil pra traduzir tudo o que se passa no meu coração, nos meus sentimentos e até na minha cabeça, sempre foi mais fácil pra me decifrar assim, vendo de outro jeito que não fosse do meu. Meus códigos são tão mais complexos que eu me jogo de uma maneira na vida que não preciso me dar explicações, me deixo ir e quando vejo já fui...A parte mais bonita foi o jeito belo e simples com que você flutuou, mesmo com o peso do mundo nas suas costas. Eu tento transformar aqueles sorrisos, que aconteciam em momentos onde tudo o que você deveria fazer era chorar, em meus sorrisos ao lembrar de você. No canto da minha boca eles aparecem e crescem...então mais lágrimas, imagens, momentos. Desculpa, por não conseguir me segurar, até ser forte dói agora. Existem palavras, dezenas delas, milhares, entaladas da minha garganta, palavras que terão que ficar guardadas pra sempre. Não existe certeza de um amanhã, não tenho mais certeza de nada. Quero viver sem pensar nos próximos dias, quero aprender com meus erros e me fortalecer para tentar não errar mais. Obrigada por me ensinar que sorrisos deixam essa vida, que é curta e incerta, muito mais leve. Queria que todas as pessoas conseguissem tornar tudo mais simples, exatamente do jeito que você fez, e conseguissem viver com tal intensidade, sabendo que nossa vida, sem explicação alguma, de uma hora para outra pode ter um fim, antes mesmo do amanhecer.

domingo, 15 de maio de 2011

Pra sempre.

Eu só consigo ter lembranças boas...um dos dias na praia que as estrelas brilhavam tão intensamente que a gente não conseguia parar de olhar...dói, doí muito, muito, dizer isso, mas agora você tá ai em cima, é uma dessas estrelinhas que tem brilho intenso e tá conseguindo ver o mundo exatamente do jeito que você sempre quis ver, com essa grandiosidade que nós, meros humanos não somos capazes de ver...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fronteiras em mim.

Horas se passam e aqui sigo eu, sentada diante dessa tela que se distorce lentamente enquanto penso em uma explicação. Uma só já bastaria e ao menos poderia tentar sufocar certas dúvidas que crescem dentro de mim...Explicação essa que já não cabe mais aos livros, muito menos aos meus pensamentos que voam pra muito longe daqui. Eles já fugiram de tudo o que pode ser real. A realidade me enlaça de uma maneira tão bruta que chego a perder todas as minhas noções do que de fato existe. Não conheço mais o mundo real. E cá estou eu, me perdendo dentro de fundos buracos onde se escondem minhas mais profundas fantasias. Não tento me copiar nem criar imagens falsas de algo que eu não sou, eu sou aquilo que mostro ser e ponto final...porém isso vai muito mais além...de mim.

domingo, 3 de abril de 2011

Rumo perdido.

A vida é realmente muito surpreendente...sinto como se de repente eu fosse novamente tomada por sentimentos que estavam adormecidos dentro do meu coração. Sempre soube que eles estavam sendo carregados comigo, os suportava dia após dia, com um pouco de medo do reencontro. Reencontro esse que eu tinha certeza que seria fatal...Não ouve erro e mais uma vez escorreguei, caí fundo em algo desconhecido. Não sei se é real, ou se criei apenas uma fantasia, mas eles estavam ali e eu sabia que a qualquer hora que poderiam despertar. Sinto um pouco de medo ao admitir isso, medo que me doma como se eu fosse alguém irracional, sem conseguir correr atrás dos próprios desejos, medo que me tira dos caminhos que eu deveria estar seguindo. Me sinto fraca diante dessa situação mas aí sou eu comigo, com o que eu quero sentir, com o que me permito sentir e aí estou eu de novo, mais uma vez, mais uma de muitas, não conseguindo viver, não conseguindo me deixar levar, pensando demais no certo e no errado. Queria poder saber eliminar as regras que me mantém atada aos paradigmas de tudo que pode ser verdadeiro ou falso...não consigo me soltar e aqui estou...com meu orgulho intacto...sozinha...perdida.

domingo, 27 de março de 2011

Indo...

Por mais que eu tente travar meus pensamentos esperando que todas as sensações negativas que me circulam se esvaiam, é inevitável. E como se fosse transformada em gotas de água, minha vida escorre pelas minhas mãos...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tudo igual.

Nada mais poderá ter o poder de me ameaçar dessa forma tão absurda e sem explicação. Sinto que uma armadilha louca e cruel me detém ao ponto de onde nunca saí. Seria loucura transformar todas as minhas objeções e desejos profundos em cenas de filme e em seguida montá-las tão perfeitamente para caberem dentro de mim? Preciso de algo que me complete. Ainda não sei o que busco. Me despedaço e me machuco nessa loucura. Queria poder saber motivos. Quero explicar. Quero me multiplicar, me torcer, arfar de felicidade, gritar. Preciso entender. Preciso saber, conhecer, sentir. É desse modo errado que parece tão certo que as coisas seguem caminhando. Nada mudou.